Quais são os fatores de risco para a
obesidade?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é uma doença complexa, que atinge homens e mulheres de modo igual e está presente em todos os países.
Além disso, ocupa o 2º lugar entre as causas de morte que poderiam ser evitadas, ficando atrás do tabagismo1.
Atualmente, é considerada uma epidemia e pede políticas públicas consistentes e eficazes. Por que, porém, nas últimas décadas, o número de pessoas obesas cresceu tanto?
A enfermidade é causada pela alta ingestão de alimentos associada à baixa atividade física e está relacionada a vários fatores: genética; insônia; problemas endócrinos; uso de medicamentos, como antidepressivos e corticoides; consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares; ingestão excessiva de bebidas alcoólicas; além do ambiente, estilo de vida e de questões sociais2.
Se esses fatores impactam a qualidade de vida dos adultos e levam aos quilos a mais na balança, a má alimentação e o sedentarismo são os inimigos do peso adequado das crianças. Segundo estudos3, na rotina infantil, não faltam refrigerantes, bebidas açucaradas (como sucos de caixinha ou em pó), biscoitos recheados, salgadinhos e macarrão instantâneo. A atenção com a alimentação dos pequenos e o combate a obesidade são tão sérios que o Ministério da Saúde tem várias publicações que tratam desse tema, entre elas os Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborados em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), nos quais há dicas para estimular o consumo de arroz e feijão, prato típico da cultura brasileira, substituir as bebidas prontas por água e convidar as crianças a participarem do preparo de seus alimentos.